PREGAÇÃO

Julgamento justo? Vá em frente! (Julgamento permitido - 1/4)

      60 minutos      12/11/2017         

Mauro Clark


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JULGAMENTO JUSTO? VÁ EM FRENTE! (JULGAMENTO PERMITIDO - 1/4)

 

Temos visto 4 tipos de julgamentos proibidos: julgar com atitude interna de superioridade pessoal, julgar desígnios dos corações, julgar segundo a aparência e julgar costume que não é pecado, mas preferência pessoal.

 

Hoje começaremos a ver 4 tipos de julgamentos permitidos pela Bíblia.

1.     Permitido julgar com julgamento justo

2.     Permitido julgar pessoas por ações erradas.

3.     Permitido julgar costumes e procedimentos para aprovação ou não na igreja

4.     Permitido julgar brigas entre irmãos

 

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1. Permitido julgar com julgamento justo

Basearemos em duas passagens:

1) Jo 7.24b: Não julgueis (krino) pela aparência, e sim pela RETA JUSTIÇA.

Já estudamos a 1a. parte deste versículo, onde Jesus proíbe julgar pela aparência.

Na ocasião, observei que ao mesmo tempo em que proibia um tipo de julgamento, Ele permitia outro: julgar pela reta justiça.

Lit: ... mas julguem com julgamentos justos. A palavra “reta” não está no texto.

NVI: ... mas façam julgamentos justos

 

Alguém poderia argumentar:

- Ah, mas apenas o critério de “ser justo ou razoável” é muito vago. É fácil qualquer pessoa se convencer que está sendo razoável.

Só que o sentido aqui é muito mais profundo do que apenas a ideia de justo e razoável.

É estar afinado com os padrões de Deus.

E quando se fala em padrões de Deus, a “peneira” é finíssima!

Deus é muito exigente com os Seus padrões, que incluem verdade, amor, respeito, boas intenções, sinceridade e muitas outras virtudes cristãs.

Então, ao exigir que um julgamento que atenda à justiça divina, Jesus está impondo uma condição muito exigente.

 

Vejamos o que está incluído como “justo” aos olhos de Deus, segundo as Escrituras:

Jo 8.15-16:

* Julgamento segundo a verdade absoluta (como Deus e Cristo fazem)

* Julgamento não segundo a carne, ou seja, completamente isento de ódio, sede de vingança, mágoa, interesse próprio, etc

 

Pv 17.15

Duas coisas aqui:

* Não condenar o inocente

Veja a responsabilidade do pai, do professor, do chefe, de qualquer um, ao punir (mesmo com palavras) alguém que é inocente numa certa situação.

 

* Justificar o errado.

Para Deus, tão errado quanto condenar o inocente é justificar o culpado!

Se alguém é culpado, seja de uma simples palavra rude até um assassinato brutal, que seja assim considerado e devidamente punido – nem que seja com uma repreensão (no caso do grosseiro).

 

Dt 1.16-17

Duas coisas:

* Ouvir o outro! Julgar sem ouvir é fazer um julgamento precipitado, falho, injusto.

* Imparcialidade (também Sl 82.2).

Isso é difícil, ao julgar pessoas com quem você ter variados graus de simpatia. Ou pessoas de posição financeira ou social muito diferentes.

A tendência de tomar partido é enorme! Aliás, é tão grande, que chega a ser no subconsciente.

 

Segunda passagem dentro do tema:

2) Lc 12.54-57: passagem rara em que Jesus chama de hipócritas não os fariseus, mas as pessoas em geral (multidões).

Eles sabiam examinar os sinais do céu e interpretavam bem a chuva, o vento, o calor, etc.

Mas não estavam sabendo (ou querendo) discernir esta época.

discernir: δοκιμαζω dokimazo: testar, examinar, provar, verificar (ver se uma coisa é genuína ou não), como um metal.

No caso, não estavam se dando ao trabalho de examinar com cuidado o que significava o ministério de Jesus.

Estavam comodamente se deixando levar pelos fariseus e escribas.

Jesus então os desafia: julguem por vós mesmos o que é justo.

Querem julgar? Pois julguem por vocês mesmos.

Agora, tratem de ter como padrão a justiça, o que verdadeiro, o que é genuíno.

 

Exemplos de pessoas que apelaram para serem julgados de maneira justa:

At 4.18-20: Pedro e João apelaram ao Sinédrio que os julgassem exatamente conforme esse padrão, ou seja, o que é justo.

 

At 25.9-11: Paulo: apela a Festo para que seja julgado corretamente (não de maneira religiosa, como os inimigos judeus queriam, mas num tribunal civil).

 

Jo 7.16-17: Jesus: admite que julguem o ensino dEle. Mas vejam a base para esse julgamento: se o ensino vinha de Deus – ou seja, se era legítimo, válido!

 

“Ah, mas eu não tenho sabedoria para examinar e julgar por mim mesmo, especialmente assuntos mais complicados”.

Excelente conclusão. Nenhum de nós tem sabedoria para isso.

Mas Deus oferece a dEle: Tg 1.5. E lamenta que muitos não a têm: Dt 32.28-29

 

Exemplos de julgamentos que considero justos:

- Alguém lhe pergunta: Fulano está namorando com descrente, isso é certo?

Você responde: “Não, é comportamento errado, pois fere vários princípios bíblicos”.

Você está julgando e condenando. Mas é um julgamento justo, bíblico.

 

- Na reunião da diretoria da igreja, alguém sugere um nome para diácono. Você não aceita com base no comportamento da pessoa.

Isso é um julgamento? Claro. É errado? Não. Você está agindo em cima de fatos, é para o bem da igreja e para o bem do próprio irmão.

 

- Alguém lhe diz: “O professor na ED disse que salvação é por obras”.

Você responde: “Ensino errado e antibíblico. Você julgou e condenou - corretamente!

 

Se estamos amparados pelo que é biblicamente justo e correto, não devemos ter medo de nos posicionar de maneira firme e fazer julgamentos se e quando necessário.

 

Encerro lembrando algo importante: do jeito que devemos aprender a julgar, devemos aprender a ser julgados!

Se o próprio Jesus e apóstolos concordaram em ser julgados de maneira correta, por que não nós?

Não admitir ser julgado é coisa típica de não crente: Jo 3.20; Sl 50.16-17; Pv 15.12

 

Por outro lado, podemos e devemos exigir ser julgado segundo a reta justiça!

E, quando for o caso, aceitar a repreensão: Pv 15.31

 

Que Deus nos dê sabedoria para fazer julgamentos segundo a reta justiça e nos dê humildade para aceitarmos ser julgados corretamente. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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