PREGAÇÃO

Autoridade a imitar (Série AGINDO COMO JESUS 3 de 38)

Mt 3.13-15 Lc 8.42-48      26 minutos      07/06/2015         

Mauro Clark


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Veremos duas situações em que Jesus deu uma ordem e houve resistência.

O assunto aqui é AUTORIDADE. Veremos como Jesus reagiu, para imitarmos.

 

Dois casos:

1) No batismo, João tentou resistir ao desejo de Jesus de ser batizado:

Mt 3.13-15

Dissuadir: gr. impedir. NIV: tentou impedi-lo

 

João resistiu NÃO por comodismo, preguiça, medo.

Deu motivo lógico para a sua resistência: Jesus era mais santo que ele, mais importante, mais tudo. Era ele, João, quem deveria ser batizado por Jesus, não o contrário.

Para João, os papéis estavam invertidos.

De fato, pela lógica humana, pelo bom senso, João estava certo!

Mas a lógica de Deus nem sempre coincide com a nossa. 

E o nosso “bom senso” muitas vezes está desafinado com os planos de Deus.

Jesus discorda da argumentação de João. E não aceita.

Ou seja: usando Sua autoridade Jesus insiste para que fosse feito do jeito que Ele queria.

 

Então humilhou João, e aos gritos mandou que João o obedecesse. Certo? Errado!

Quase podemos tocar na DELICADEZA de Jesus, explicando que era melhor da maneira que ele queria, pelo menos por enquanto.

Como se dissesse: “João, tem sentido o que você está dizendo, mas em outras circunstâncias. Agora é necessário que seja assim. A justiça de Deus determina assim, faz parte do plano de Deus que seja assim.”

Que beleza: autoridade - de um lado; meiguice e atenção - de outro. Ao mesmo tempo.

 

2) Mulher curada de hemorragia - Lc 8.42b-48

Após curar a mulher que lhe tocou por trás, Jesus pergunta quem o tocou.

Como todos negaram, obviamente ela estava incluída.

Ela RESISTE à vontade de Jesus, NEGA e não se apresenta.

 

Ao negar, ela deixou Jesus numa situação delicada, como se estivesse inventando aquilo.

Para piorar, Pedro intervêm de maneira infeliz, deixando ainda mais forte a impressão de que Jesus estava querendo algo muito estranho.

 

Alheio a tudo isso, Jesus insiste e ainda explica: Insisto porque de mim saiu  poder.

Então a mulher, NÃO por causa da autoridade de Jesus, NÃO com o propósito de obedecê-Lo, mas para se sair de um grande aperto, finalmente resolveu se identificar.

 

Jesus então a repreende duramente por ter mentido ao negar e censurou-a por ter sido resistente à vontade dEle e expondo-o a um vexame público. Certo? Errado!

Por incrível que pareça, Ele nem toca no assunto. Simplesmente a despede em paz.

 

Ninguém haverá de pensar que Jesus faz pouco da Sua autoridade e deixa com cada um a opção de obedecê-Lo ou não.

Ele é zeloso da Sua autoridade, exigente com as ordens que dá e quer ser obedecido.

Mas, ao mesmo tempo, é extremamente compreensivo com as fraquezas do ser humano.

Ele vai fundo e vê o coração, mais do que as ações.

E foi assim que fez com a mulher: ela não O obedeceu e até mentiu, mas porque estava apavorada, temerosa.

Talvez fosse muito tímida. E Ele levou isso em consideração.

Além do mais, ela exercera uma fé muito bonita nEle.

Com certeza isso O tocou fundo. Aliás, ter fé sempre toca muito o coração de Deus.

Levando isso em consideração, Ele nem sequer a repreende. E ainda elogia a fé dela!

 

Lição:

A maioria de nós exerce algum algum tipo de autoridade: no trabalho, no casamento (marido), na família (pai/mãe), na profissão, no prédio (síndico), na igreja, na equipe da escola, em casa etc.

Ou mesmo uma autoridade circunstancial (exemplo: quando alguém repreende outro).

 

Pois, qualquer que seja a sua autoridade - pequena e provisória - tenha muito cuidado ao exercê-la.

 

Seja zeloso pela sua autoridade, mas sem jamais abusar dela.

Nunca a utilize como instrumento de humilhar, de magoar, de esmagar.

Seja RESPEITOSO e até MEIGO, como Jesus foi com João Batista.

Seja COMPREENSIVO como Jesus foi com a mulher da hemorragia.

 

Embora não veja o coração, como Ele, você pode tentar compreender os motivos do outro ter resistido à sua autoridade, tentar se colocar no lugar do outro.

E, se for o caso, relevar, deixar por menos.

Talvez até elogiar um ponto positivo da pessoa, se ela estiver numa situação difícil, como estava a mulher.

 

Sei que é muito difícil saber exatamente quando exigir firmemente a obediência à sua autoridade e quando dispensar.

Jesus era Deus. Nós não somos. Mas temos o Espírito Santo em nós.

Se humildemente pedirmos sabedoria para essas coisas, Ele nos dará com alegria.

 

Que Deus nos ajude a imitar Jesus em tudo, inclusive nos exemplos que vimos. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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