PREGAÇÃO

Sou um santinho, e ele, um diabinho

Lc 18.9-14      33 minutos      11/03/2012         

Mauro Clark


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9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; 12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. 13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.
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Parábola: situação imaginada, com uma lição principal.
Desta vez, Jesus deixa claro o destino da parábola: alguns que confiavam em si mesmos por se considerarem justos, e desprezavam os outros.

Você está nesse grupo?
Para lhe ajudar a avaliar, lembro que DESPREZO aqui é interno, não afrontoso, algo que só VOCÊ sabe se tem. Acho muito difícil você e eu não pertencermos ou termos pertencido em algum momento a esse grupo.

Dois homens estavam no Templo com o mesmo propósito: ORAR.
O primeiro, fariseu; o segundo, publicano (judeu que servia aos romanos, recolhendo impostos - odiados porque serviam aos dominadores e extorquiam os do próprio povo).
Só com as descrições dos dois homens, Jesus deve ter criado nos ouvintes um pensamento do tipo “Ora, não dá nem para comparar: o fariseu vai dar um show de oração. O publicano, coitado, nem orar sabe”.

A ORAÇÃO DO FARISEU
de si para si mesmo: não apenas silenciosamente, mas uma oração que começava e terminava nele! Deus entrou na oração apenas como pretexto.

A primeira coisa que devemos prestar atenção numa oração é se estamos de fato interessados em falar com Deus. Se estamos orando como se Deus estivesse em nossa frente. Ou você quer apenas falar consigo mesmo, para se auto-elogiar ou se convencer de algo? Ou apenas se sentir com obrigação cumprida? Ou fazer uma auto-análise?

Defeitos da oração:
1) Dando graças porque se julgava melhor que os demais homens.
Não devemos nos comparar com homens pecadores: nosso padrão é Cristo! De fato podemos ser melhores que outros em alguns aspectos, mas e quanto aos outros aspectos em que somos piores?
Adianta um porco estar menos sujo do que outro?

Mas quando nos comparamos com Cristo, sempre ficaremos convictos do nosso pecado.

2) Arrogância e orgulho

Pergunta: é errado agradecer a Deus porque você tem uma atitude correta? Não, desde que:
a) Reconheça que Deus lhe capacitou para agir assim
b) Não se sinta orgulhoso por isso
c) Não despreze outros que não agem assim

3) Confundiu obras com atitudes íntimas 

4) Julgou o coração o publicano (e ainda erroneamente)

A ORAÇÃO DO PUBLICANO
Correta em todos os pontos:
1) Humilde: longe, sem levantar os olhos e batendo no peito.
2) Foi no âmago da questão: seu problema era o pecado.
3) Reconheceu que Deus não comunga com o pecado. Por isso pediu que fosse propício.

Conclusão de Jesus: um foi ouvido, alcançou o seu objetivo, ou seja, conseguiu que Deus fosse proprício e o aceitasse. O outro não alcançou nada.
O fariseu exaltou a si próprio. Mas foi humilhado pque Deus não o ouviu. O publicano se humilhou perante Deus, mas foi exaltado porque Deus o ouviu.

Observem que tanto a humilhação do fariseu como a exaltação do publicano foram SILENCIOSAS, a nível espiritual.
Para quem viu de longe, pareceu o contrário: o fariseu saíu todo gabola e o publicano, cabisbaixo. Mas as APARÊNCIAS ENGANAM.

Três lições:
a) Em suas orações, cuidado com o que fala de se mesmo e dos outros.

b) Se você vive conforme a Bíblia, mesmo que sofra certas humilhações, pode TER CERTEZA de que, perante Deus, você será aceito e, portanto, exaltado.

c) Um erro que muitos cometem na aplicação para hoje, é inverter os papéis: o crente sério, muito exigente com a sua vida cristã, é um fariseu, legalista. E o crente que sabe ser limitado e fraco, é o publicano. Mas o fariseu era hipócrita DENTRO DE SÍ, não porque tentava fazer as coisas corretamente. E o publicano foi elogiado NÃO porque, sendo uma pessoa decente, era fraco. Mas porque, sendo um grande pecador, se humilhou.

Leve a sério a sua vida em Cristo, com o rigor de um fariseu e, ao mesmo tempo, reconheça que é pecador com a humildade do publicano.

Que Deus nos abençoe! - Amém -

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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