PREGAÇÃO

Quando Deus assume um compromisso! (Série GÊNESIS 28 de 55)

Gn 21.8-21      34 minutos      28/08/2016         

Mauro Clark


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Salto de 3 anos entre v.7 e 8.

v.8-10

Ismael com 17 e Isaque com 3 anos.

Lembra quando Hagar fugiu pela 1a. vez após engravidar de Abraão e desprezar Sara e, por isso, ter sido humilhada pela ama.  (Falei disso nas msgs 482 e 523 em Dez 2012).

 

Agora Ismael caçoava de Isaque. Segunda onda de problemas por causa da infeliz ideia de Abraão assegurar a descendência através de um filho com a escrava.

Sempre que alguém tenta “dar um jeitinho” nos planos de Deus, dá problema.

 

Sara foi incisiva, clara e objetiva: expulsa!

Na realidade, a razão era mais profunda do que apenas o desprezo de Ismael por Isaque. O real motivo é que Ismael não seria herdeiro de Abraão.

Primeiro, por era filho de escrava (Sara disse isso 2 vezes).

Segundo, porque Ismael era nascido da carne, o outro da promessa, como veremos.

 

v.11

Ismael era filho de escrava, caçoava do outro, mas filho é filho e Abraão fica triste.

Antes de Isaque nascer, Abraão deve ter se alegrado muito com Ismael e agora o instinto paterno resistia em fazer o que era certo.

Abraão seguiria a vontade (razoável) de Sara ou o coração mole de pai? Dura decisão.

 

v.12-13

Deus resolve interferir diretamente. Manda que siga tudo o que Sara disse, inclusive a expulsão. E confirma o que já havia dito várias vezes antes:

Em Isaque será chamada a tua descendência.

 

Deus garante que também de Ismael faria uma grande nação.

Por que? Simplesmente para honrar Abraão, pois Ismael também era descendente dele.

 

Grande parte dos árabes é descendente de Ismael. E pela enormidade dos conflitos árabe-israelenses que o mundo tem assistido, dá vontade de dizer “que pena” que Deus decidiu assim.

Mas quem somos nós para questionarmos a Deus? Ele é soberano, nunca erra e louvado seja Deus!

 

Pergunta: se sairia uma descendência de Abraão via Ismael, como é que em Isaque é que seria chamada a sua descendência?

Resposta clara: porque a descendência era um objeto da PROMESSA.

E a promessa era para um descendente legítimo de Abraão, não filho de uma escrava.

 

Este episódio de Ismael caçoando de Isaque é utilizado por Paulo como uma figura interessante, que de certa forma nos atinge ainda hoje: Gl 4.21-31

 

Os judeus descrentes (escravos da Lei) são comparados a Ismael (escravo de nascimento).

E os crentes (judeus ou gentios, filhos na fé de Abraão), quando perseguidos são comparados a Isaque (filho da promessa).

Claro que essa perseguição era muito mais forte e explícita nos dias de Paulo.

Mas ainda hoje os judeus em geral são hostis ao Evangelho, fechados aos crentes.

Quando um judeu se converte é hostilizado, chega a ser expulso da família e às vezes compram um caixão e simbolicamente o enterram.

 

Duas sugestões de procedimento:

1. Não tenhamos amargura com os judeus. Ao contrário, devemos orar pela conversão deles e pela paz de Israel.

2. O crente deve esperar perseguição. Se não pelos judeus, mas mesmo por gentios incrédulos.

 

v.14-21

Abraão obedientemente despede Hagar e Ismael.

Novamente esse grande servo de Deus prova a sua OBEDIÊNCIA.

 

Sem água, a cena da mãe aguardando de longe a morte do filho é tocante.

É quando ela se desespera e chora em alta voz.

 

Aí Deus ouviu a voz dela. Certo? Errado:

v.17a: Deus porém ouviu a voz do menino.

Do céu, o Anjo de Deus diz à mãe para não temer, e completa:

v.17b: ... Deus ouviu a voz do menino.

 

Impressionante: duas vezes somos informados que Deus ouviu a voz do menino.

Isso significa que Deus não teve compaixão de Hagar? Claro que não.

Misericordioso como é, claro que Deus se compadece de uma mãe desesperada, vendo o filho morrendo.

Mas a providência de salvar o menino não foi por causa de Hagar, mas de Abraão!

Deus já havia prometido a Abraão que faria uma descendência do menino.

Ou seja, Deus estava comprometido com a promessa a Abraão.

 

Essa é a chave para entendermos o que houve, e aplicarmos para nós!

Deus está comprometido conosco com uma grande e maravilhosa promessa: a Nova Aliança no sangue de Cristo.

Ele nunca deixará que voltemos ao reino das trevas.

Podemos passar aflições, sofrer, morrer, mas nossa alma está eternamente segura.

A própria Palavra de Deus está empenhada nisto.

Que maravilha de segurança temos à nossa disposição.

 

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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