PREGAÇÃO

Já que Eu estou contigo... (Gideão) 1/3

Jz 6.1-24      49 minutos      16/08/2015         

Mauro Clark


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(Deixamos de transcrever o texto por ser muito longo, sugerindo que você acompanhe diretamente da sua Bíblia)
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Época: após morte de Josué: período dos juízes (1390-1060 aC)

Quantas gerações depois de Josué o povo começou a fazer o mal? A próxima! Jz 2.10-11

Iniciava-se os ciclos: apostasia-castigo na forma de opressão-arrependimento-salvamento através de juiz-período de paz-apostasia...

Deus mandou juizes para livrarem os israelitas - Jz 2.16

Gideão foi o quinto desses juizes.

 

Ler v.1-6: Início de um ciclo: opressão sob os midianitas; povo clama a Deus.

Ler v.7-10: através de um profeta (desconhecido) Deus diz que o povo era culpado, pois desobedecera.

 

Mas, e quanto ao pedido de ajuda? Deus não revela se vai ajudar ou não.

O importante é que o povo soubesse que NÃO MERECIA ajuda.

Se Deus resolvesse socorrer, seria por pura misericórdia, não por obrigaçao ou merecimento do povo.

 

Nos contratos, uma cláusula diz que multas dispensadas não implica que as condições de multas foram alteradas e portanto todas as infrações futuras seriam perdoadas.

Mesma coisa entre Deus e nós. Ele tem direito de nos disciplinar pelos nossos pecados.

E quando nos livra da disciplina, não é por obrigação dele, ou mérito nosso, mas por pura misericórdia. E nem significa que irá agir da mesma forma na próxima vez.

No próximo pecado, talvez até menor que o anterior, poderá vir disciplina pesada.

Nunca tomemos os livramentos de Deus como coisa natural.

Sempre estejamos altamente gratos a Ele, conscientes de que Ele é bondoso e paciente.

O fato é que Deus resolveu atender aos apelos dos aflitos israelitas.

 

Ler v.11-14

Antes de mais nada: quem era o Anjo do Senhor? O próprio Senhor! v. 14 - teofania.

Provavelmente o próprio Logos, Cristo, pre-encarnado.

Ou seja, Gideão é convocado pessoalmente pelo próprio Deus.

 

E não adianta ficar com inveja de Gideão por ter sido pessoalmente chamado por Deus para uma tarefa. Nós também somos!

O Espírito Santo que habita em nós também nos convoca pessoalmente.

 

Riqueza de detalhes: Gideão preparava o trigo (batia, para separar a casca do grão), para depois escondê-lo dos midianitas.

O Senhor se senta embaixo do carvalho, provavelmente onde Gideão estava trabalhando.

Aparece a ele e toma a iniciativa de iniciar um diálogo.

 

o Senhor é contigo, homem valente

homem valente: palavras de ânimo para um servo de Deus sofrido e certamente sem compreender porque o povo estava sofrendo tanto.

 

v.13

Gideão não parece se assustar com o aparecimento do Anjo do Senhor.

Talvez nem tenha percebido tratar-se do próprio Deus.

E nem se mostra empavonado com as palavras elogiosas.

De modo inteligente, usa o elogio como ponto de partida para argumentar com o anjo.

Com um detalhe muito bonito: ele tomou a afirmação de que o Senhor era com ele, e generalizou para todo o povo:

Se o Senhor é conosco...

Como se dissesse: “Senhor, melhor do que  ser comigo é ser com todo o teu povo!”

 

Grande lição de Gideão: nos relacionamos com Deus como pessoas isoladas, individuais e ao mesmo tempo, como parte de um todo.

No caso de Gideão, o todo era Israel.

No nosso caso, o todo é a igreja local e, de modo ainda mais geral, a igreja geral.

 

É imporantíssimo nos conscientizarmos desse 2o. aspecto, o coletivo.

E desejarmos que o bem que Deus fará a nós, que faça também à igreja. Que não nos isole do restante.

Tipo, “Senhor, o que adianta Tu seres comigo e não fores com os meus irmãos? Abençoa-me. Mas abençoa também os meus irmãos! Somos um só corpo, Senhor!”

 

O pronunciamento de Gideão se compõe de 3 partes:

1. Aparente incoerência entre Deus ser com o povo e acontecerem tantas desgraças
Gideão tropeça num ponto típico: pensar que sofrimento é sinal da ausência de Deus.
De fato, há diferença entre VT e NT quanto a esse aspecto: para Israel, bens materiais e saúde eram mostra do agrado de Deus.

E sofrimento, doenças, derrotas indicavam o desagrado de Deus.

No NT não há um correlação tão direta. Deus pode permitir grande sofrimento a um filho, mesmo estando se agradando dele.
Mas há um princípio perfeitamente aplicável a ambas as situações: Deus ensina e pune através do sofrimento. E nesse sentido, Deus continuava com Israel.

Deus de fato NÃO estava com eles no sentido de ajudá-los material e politicamente.

Mas ESTAVA com eles no sentido de amá-los e querer ensiná-los umas boas lições.
Ou seja, mesmo quanto nos abandona, Deus continua interessado em nós.

Quando estamos fracos e sofrendo, Satanás aproveita para nos soprar: “Deus te abandonou; não está vendo que todo esse sofrimento é prova disso?”

E somos tentados a nos desesperar, desanimar, desistir.

Cuidado. Não é esse o caminho. Se somos crentes e estamos sofrendo, existe um motivo. E se esse motivo for pecado, estamos sendo punidos por um Deus amoroso que deseja a nossa volta.

2. Aparente incoerência entre os sinais nos tempos de Moisés e a ausência agora

3. Conclusão: Deus desemparara a Israel e permitiu que os midianitas dominassem

 

v.14

Agora Deus chama diretamente a Gideão e lhe encarrega da tarefa de livrar os judeus.

... nessa tua força

Imaginamos logo um homem fortíssimo.

Mas não obrigatoriamente. Era apenas a força que ele tinha, pouca ou muita.

 

Ler v.15-16

v.15: Reação típica: “Quem sou eu para tamanha tarefa? Sou o menor dos menores”.

 

v.16

A resposta de Deus é clara: tua pobreza e pouca experiência são detalhes.

Tu conseguirás porque eu estarei contigo. Isso é o que importa. E garante vitória total.

 

Deus sempre chama um servo para uma tarefa compatível com a força da pessoa.

Nunca Deus irá lhe requerer uma obra maior do que você pode fazer.

Qutnao à capacitação para vencer as tentações, as fraquezas, Deus dará!

Como nos dará os planos certos, a sabedoria, a prudência, tudo o que for necessário.

 

Ler v.17-21

v.17-18

Gideão começa a mostrar sua característica principal e que lhe deu fama: insegurança.

Ele só sentia segurança com as coisas super confirmadas.

E pede logo uma prova, algum sinal de que era Deus quem falava com ele.

E pediu que o Anjo esperasse enquanto ele entrava em casa, preparava uma oferta e voltasse. E Deus concorda!

Imaginem o próprio Deus esperando, sentado debaixo de uma árvore, enquanto Gideão matava um cabrito e o preparava com pães, para apresentar.

 

Ficamos admirados, mas quantas vezes Deus faz isso conosco.

Gideão desejou servir ao Anjo do Senhor, mas precisava de alguns minutos para estar em condições. E Deus esperou!

Nós desejamos servir plenamente a Deus, mas precisamos de meses, de anos para estar em condições de prestar um serviço realmente eficiente, vindo de um servo puro e espiritual, plenamente agradável a Deus. E Ele espera!

* Precisamos de tempo para nos tornamos menos carnais. E Ele espera!

* Precisamos de tempo para nos tornamos mais maduros, mais espirituais. Ele espera!

* Precisamos de tempo para nos tornamos menos agarrados às coisas desta vida e nos voltamos mais para as coisas do alto. E Ele espera!

Graças a Deus pela paciência conosco e capacidade de esperar pelo nosso crescimento.

 

v.19

Até onde podemos ver, Gideão foi o mais rápido que pode.

Não abusou do fato do Anjo ter garantido que esperava. Foi, preparou e voltou.

 

Nunca abuse da paciência de Deus: Ah, sou fraco mas Deus espera, Ele é tão paciente.

Mas busque intensamente o crescimento, para não deixa-Lo esperando muito tempo.

 

v.20-21

O Senhor orientou Gideão para colocar sobre uma pedra e derramar o caldo por cima.

Depois tocou com a ponta da vara, saíu fogo da pedra, que consumiu tudo.

Era o sinal que Gideão pedira, algo bem diferente, sobrenatural.

Ao mesmo tempo, era a a prova que Deus aceitara a oferta, fazendo-a desaparecer e tomando-a para si.

 

Quando ofertamos a Deus não um cabrito, um carro, mas a própria vida, Ele a aceita.

E o resultado é que nos toca, nos santifica e nos faz arder por Ele. E nos gasta e nos consome no Seu trabalho. E finalmente nos toma inteiramente para Ele.

Feliz a oferta que é aceita por Deus e é consumida por Ele.

 

Depois de consumir a oferta de Gideão, o Anjo do Senhor desaparece.

 

Ler v. 22-24

Agora Gideão entendeu que era o próprio Deus que estivera com ele.

E temeu pela sua vida, certamente com profundo senso de pecado, como Isaías.

Deus fala com ele (não mais fisicamente visível) e o tranquiliza, com saudação de paz e garantia que não morreria.

Gideão edificou um altar a Deus

 

Naque mesma noite Deus já requer de Gideão a primeira ação relativa ao papel de libertador de Israel.

 

Veremos isso na próxima pregação.

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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