PREGAÇÃO

Humanidade perdida (Série GÊNESIS 10 de 55)

Gn 6.1-7      29 minutos      30/08/2015         

Mauro Clark


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Lembro que essa série de exposições sobre algumas passagens de Gênesis, tem um estilo panorâmico, não uma análise detalhada do texto.

 

v. 1-2,4

Esta é uma das passagens mais difíceis da Bíblia. Existem três interpretações básicas.

A mais razoável, a meu ver, é a seguinte:

filhos de Deus seria “filhos dos deuses”, a maneira como eram conhecidos governantes ímpios, que se arrogavam filiação divina.

 

mulheres que lhes agradaram: poligamia desenfreada, formação de harém.

 

gigantes: homens grandes - em estatura ou valentia, ou os dois.

valentes: provavelmente referindo-se aos mesmos homens.

Com muitas mulheres diferentes, os poderosos da época tiveram filhos, que se tornaram homens bem treinados, guerreiros, agressivos e de grande fama.

 

O quadro é claro:

Os grandes da terra se deleitavam com suas mulheres e toda sorte de diversões que acompanhavam a sensualidade.

Ao mesmo tempo, empenhavam-se em lutas e conquistas.

A velha obsessão humana: prazer e poder.

O problema generalizou-se na terra. O pecado imperava no meio dos homens.

 

v. 3,5-7

Três coisas provocaram a ira de Deus:

1. O homem era carnal. Não era receptivo ao Espírito de Deus que agia nele. Seus alvos eram totalmente voltados para o corpo e para a matéria.

2. A maldade do homem havia se multiplicado na terra, a um nível difícil de imaginar.

3. Era continuamente mau todo o desígnio do coração do homem. O problema estava na base. Veja a força das palavras “continuamente” e “todo”.

 

Os homens estavam totalmente corrompidos em seus propósitos, suas ações, suas vidas.

 

Consequências:

a) Deus “se arrependeu” de ter feito o homem.
O arrependimento de Deus nunca deve ser compreendido como um reconhecimento de que Ele errou. Mas como desgosto, um profundo pesar.
Exatamente como sugerido na expressão “isso lhe pesou no coração”.

b) Decidiu realizar, depois de 120 anos, um julgamento sumário e radical: destruir toda a raça humana e os animais.

É muito provável que Deus estivesse dando uma chance para o arrependimento do povo, como fez depois com Nínive, que de fato se arrependeu com a pregação de Jonas.

 

Mas infelizmente o prazo de nada adiantou. O pecado havia contaminado o mundo.

Veja que raça ingrata:

* Deus faz o homens à sua própria imagem e semelhança

* Dá-lhe autoridade sobre toda a Criação

* Faz companhia a ele no Jardim, no início

* O homem desobedece e o pecado entra no mundo

* Deus com misericórdia promete um Salvador

* Deus expulsa o homem do jardim, para que não coma da árvore da vida e pereça
  eternamente em seus pecados

* Deus toma a iniciativa de mandar o Seu Espírito agir no homem, aceitando ainda relacionar-se com os que seriam receptivos a esse trabalho do Espírito

 

Pois tudo isso o homem jogou fora.

Preferiu seguir os próprios caminhos de rebeldia, de independência, de pecado.

O homem não merecia coisa alguma do Criador, a não ser a destruição total.

 

Deus, porém, não se cansa em sua misericórdia.

No meio das trevas de tão grande julgamento, surge uma luzinha, que seria a única alternativa para a continuidade da raça humana.

Essa “luzinha” chama-se Noé. Falaremos dele na próxima mensagem.

 

Ao ler um relado desse, os homens deveriam ficar profundamente envergonhados.

O próprio Criador arrependido de tê-los criado.

Em vez disso, o que vemos hoje, 6000 anos depois, é uma humanidade orgulhosa, vaidosa, fútil, sensual, carnal, ainda sedenta das mesmas coisas: prazer e poder.

 

Seria o caso de perguntar que motivo os homens encontram para tanto orgulho, com um currículo tão deprimente.

A Bíblia diz que Satanás cegou o entendimento dos incrédulos para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo (2Co 4.4).

Pois uma das áreas de cegueira que mais se observa é a incapacidade do homem em enxergar que é um ser pecaminoso e perdido aos olhos de Deus.

É impressionante como até crentes têm dificuldade de entender isso.

Alguns crentes praticamente dizem que os homens todos são irmãos, não falam em inferno, etc.

 

Termino com duas sugestões:

1) Ao evangelizar, tente falar da perdição eterna como realidade para o homem natural.

E procure sugerir que o outro se certifique do estado espiritual dele.

Isso pode ser antipático, ferir o ego dele, mas seria bom começar desse ponto.

Se não, qual o sentido o crente lhe dizer que ele precisa se arrepender e aceitar Cristo?

Arrepender-se de que? Aceitar Jesus para que?

Temos que alertar ao homem que ele é carnal.

O coração humano continua desesperadamente corrupto (Jr 17.9).

E o de Deus? Ouso dizer que o coração dEle continua “pesado”.

E a raça humana continua merecendo ser varrida da face da terra.

Deus não faz isso porque continua tratando a humanidade com muita misericórdia.

E exorta a todos que se arrependam e se entreguem de coração ao Senhor Jesus Cristo.

 

2) Como crentes em Cristo, temos de mostrar uma vida em fortíssimo contraste com essa humanidade que tanto desagrada e ofende a Deus.

Sua vida mostra esse contraste?

 

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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