PREGAÇÃO

Ardor pela Palavra de Deus

Lc 24.13-35      63 minutos      17/04/2022         

Mauro Clark


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Bela história. Dia da ressurreição de Jesus.

Dois discípulos, preocupados, conversam sobre acontecimentos daqueles últimos dias: prisão, abandono, morte, tristeza e agora a grande novidade da ressurreição.

Até onde eles sabiam, ninguém O tinha visto ainda.

Impedindo-os de O reconhecerem, Jesus entra na conversa. 
E consegue que eles digam com suas próprias palavras o que estava acontecendo.

Clima: profunda decepção: Jesus, profeta, poderoso em obras e palavras, foi crucificado. Era a última pessoa que eles esperavam iria morrer naqueles dias.

Afinal, parecia que Ele era o tão esperado Messias, que ia libertar Israel do jugo inimigo. Fora tudo ilusão? Já faziam 3 dias que havia morrido.

E para complicar ainda mais: boato que ressuscitara.

Para aumentar o mistério, o Seu corpo de fato desaparecera. Mas ninguém O vira.

Ah, como estavam confusos e preocupados.

 

v.25-26: Ponto importante da historia: a reação de Jesus.

Ele poderia ter logo se identificado com meiguice, como fizera com:

* Maria Madalena: “Por que choras?” E depois: “Maria!” - Jo 20.15-16

* Apóstolos e outros discípulos: “Paz seja convosco” - Jo 20.19

 

Mas foi quase contrário: repreendeu-os!: Insensatos (Gr.: não usa a mente, tolo.)

Por que tão duro?

... porque demoram para crer em tudo o que os profetas disseram!

Jesus quis enfatizar a dureza deles em crer no que já estava revelado no VT.

É  como se tivesse dito: “Por que vocês resistem tanto a levar a sério as Escrituras?

Se examinassem o que está escrito pelos profetas, certamente não estariam assim tão angustiados. O que está registrado é suficiente para se entender que o Cristo iria pade­cer e depois ressuscitar. Querem ver?

 

v.27: Exposição detalhada do VT a respeito dEle próprio: aula de Cristologia mais valiosa que já foi dada no mundo!

Começando por Moises: mesmo do inicio.

Todos os profetas, todas as Escrituras:  em outras palavras, Jesus provou que o VT estava completamente permeado da pessoa dEle.

Certamente Ele falou sobre:

- Abraão: ... em ti serão abençoadas todas as famílias da terra.

- Melquisedeque: sacerdote sem ser descendente de Arão.

- Moisés e as duas experiências com a rocha.

- Serpente levantada no deserto.

- Jonas: 3 dias dentro do peixe.

- Davi e a profecia de Natã: rei descendente.

- Salmo 22 - Davi apontava para o Messias crucificado. Ressurreição: v. 30

- Isaias 53: o Servo sofredor era o Messias. Ressurreição: v.10-11

- Os 3 amigos de Daniel na fornalha ardente, com um quarto homem.

- Miquéias: Mq 5.2 - Belém.

- e quantas outras passagens...

 

Se o VT é permeado com Pessoa de Cristo, quanto mais o NT!

E se os dois discípulos foram repreendidos, imagine nós, com tanta revelação sobre Ele.

E O conhecemos tão pouco!

Você sabe detalhes da vida de Jesus metade do que sabe do seu ídolo de futebol?

 

v.28-31

Fez menção de ir embora, os dois o convidam para ir até a casa de­les.

Foi, abençoou o pão, partiu e lhes deu. Então O re­conheceram. E desapareceu.

 

Duas observações importantes:

1) Parece que o grande alvo de Jesus foi mostrar que as Escrituras falavam dEle.

Parece que Jesus ia embora exatamente porque já havia feito o que queria: falar do VT para os dois a respeito do Messias.

Se tivesse permitido que O reconhecessem, não teria havido oportunidade de falar do VT.

 

Mesmo sendo aquela uma época de grandes milagres, é impressionante o valor que a Bíblia dá ao ensino nela contido.

Parece que Jesus deu mais valor a ensinar as Escrituras para aqueles dois, do que mesmo se revelar a eles.

 

2) Ele só foi até à casa porque os dois convidaram

Lembra que Ele fez menção para ir embora?

Ele entrou porque dois insistiram para que Ele ficasse.

A revelação aos dois não teria acontecido se não tivessem convidado o desconhecido. Isso indica que revelação foi algo circunstancial.

Como se Jesus quisesse premiá-los por terem tratado com muita consideração aquele homem que falava coisas tão bonitas.

Em outras palavras, precisamos ressaltar a hospitalidade deles.

 

A hospitalidade é uma importante virtude cristã: Rm 12.13; Hb 13.2

Pois aqueles dois homens, sem saber, acolheram Jesus!
Dá para imaginar a alegria ao reconhecerem o Senhor ressurreto?

 

v.32: Reação dos discípulos:

Não é verdade que o coração nos ardia no peito...?

Imediatamente eles associaram com a Pessoa de Jesus aquele gozo indescritível que sentiram quando ouviam a explanação dEle.

 

Aqueles dois foram muito privilegiados em vivenciarem tudo aquilo tão especial.

Mas para sentir o coração arder quando se ouve o ensino da Bíblia, não é preciso que venha dos próprios lábios de Jesus.

Mesmo sendo pregada para nós hoje, a Palavra de Deus continua queimando corações, porque ela é como fogo: Jr 23.29.

 

Detalhe: o coração que arde com as Escrituras é o coração aberto ao seu ensino, o coração submisso, o coração sedento pelas verdades divinas, o coração quente, que leva à imediata combustão qualquer centelha que se acenda em seu interior.

Por outro lado, há a triste possibilidade do coração frio.

Até um carro é difícil carro pegar no frio. Mesmo com centelha, a temperatura baixa dificulta  explosão.

O coração frio, apesar de aqui e acolá exposto ao fogo das Escrituras, é difícil arder.

Como está o seu coração? Espero que bem quente.

 Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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