PREGAÇÃO

Primeiro Deus, depois eu (Série DAVI 6 de 18)

1Sm 26.1-16      42 minutos      01/06/2003         

Mauro Clark


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Após fazer de Davi seu próprio genro, amigo e militar, Saul passou a perseguí-lo com ciúme e medo dele tornar-se rei.

Aproximadamente seis anos de perseguição.

Davi já tinha sido ungido por Samuel para tornar-se rei um dia.

 

Uns dois anos antes, Davi tivera oportunidade de matar Saul. Agora surge nova oportunidade.

 

V. 1-8:

A oportunidade: Davi em frente a Saul, que dormia.

Davi tinha muitos bons motivos para matar Saul.

* Estava sendo perseguido injustamente, pois tinha um comportamento perfeito perante Saul e mesmo perante Deus.
* Não seria 
aquela uma maneira de Deus dizer que seu tempo de perseguição tinha encerrado?

* Estava correndo constante risco de vida: não seria lícito proteger a si próprio, ainda mais tendo sido ungido para ser rei?

* Se tinha sido ungido: por que não tomar posse logo?

* Seus pais estavam fugidos também, em grande desconforto: os filhos não devem cuidar dos pais?

* Estava privado da sua mulher Mical, filha de Saul: lugar do marido não é perto da esposa?

* Saul estava desequilibrado: não seria perigoso para o povo escolhido de Deus ter um rei assim?

 

Todos esses seriam motivos justos.

E mais: Davi nem precisava matá-lo: bastava autorizar Abisai.

Se Davi tivesse usado qualquer um deles, estaria justificado perante o povo e em condição de viver vida normal, livre do inimigo.

Mas perante Deus ele teria pecado gravemente, pois acima de tudo havia um motivo para não matar Saul: era o rei que Deus escolhera para Israel.

Encruzilhada: Davi seguiria os bons motivos para matar Saul e voltaria à liberdade ou seguiria o único motivo para não fazê-lo e continuar foragido?

Esse era o momento de mostrar fidelidade a Deus.

 

E nós, como agiríamos?

Pelo que fizemos antes, muito provável que mataríamos.

Quantas vezes já agimos com boas explicações, mas com o coração pesado, sabendo que estava errado perante Deus?

 

Vejamos o que Davi fez:

 

 

V. 9-12a

Davi seguiu o coração e foi fiel a Deus.

Argumento simples: Saul era ungido do Senhor e não cabia a Davi ou a ninguém pessoalmente, matá-lo. Isso era com Deus.

Tomaram a lança e a moringa de Saul e se foram.

 

V. 12b

Até aqui, vemos apenas Davi agindo, sendo fiel a Deus.

Esta agora é a única parte de todo o capítulo que fala de Deus agindo! E quase passa desapercebido: a metade de um versículo.

 

Três observações:

1.   O plano de Davi só funcionou porque Deus agiu!
Já notou que nossos planos só funcionam quando Deus intervém?
Às vezes temos projetos excelentes, mas Deus pensa de modo diferente, não age e os projetos falham.

2.   Quando Deus quer, não há dificuldade para Ele: até mesmo fazer três mil valentes guerreiros dormirem como anjinhos!
Se soubéssemos cada vez que Ele interfere em nossas vidas, ficaríamos admirados.

3.   Com a Sua interferência, além de permitir Davi realizar seu plano, Deus protegeu Davi!
Deus não livrou Davi da perseguição de Saul, mas protegeu na perseguição, em várias ocasiões.
E aqui de maneira especial: se Saul acorda Davi era um homem morto.

Quanto a nós, Deus não nos livra de problemas, mas nos protege no meio deles, nos ajuda, nos dá a mão.
Quantas vezes já fomos explicitamente protegidos.
Cada um poderia contar uma história.

 

V. 13-16

Antes do diálogo com Saul, Davi dirige-se ao general Abner.

ao longe... grande distância: Precaução de Davi. Antes de falar, foi para bem longe.
Coragem e confiança em Deus não dispensa a prudência e bom senso.

Alguns crente, em nome da , são imprudentes.

Quando Davi grita, Abner se mostra muito zeloso pelo rei e repreende a Davi.
Mas Davi ironiza: ele, que deveria matar o rei, não o fez,  mas Ábner, que deveria protegê-lo, deixou-o exposto e agora vem mostrar cuidado!

Sempre é assim. Os menos zelosos para Deus são os que mais falam, dão palpites, reclamam.  Não sejamos um Ábner.

 

Depois, um diálogo patético com Saul, que chora, reconhece que pecou, que estava procedendo como louco e convida Davi para voltar com ele.

Davi pede a proteção de Deus, manda Saul enviar alguém para levar a lança e a bilha, e cada um vai para o seu lado.

 

Interessante: Davi não voltou com Saul. Novamente muito prudente.

Quer dizer que Davi não perdoou Saul?

Não é isso; apenas Davi sabia quem era Saul e não podia confiar nele.

 

Muita gente confunde perdão com falta de memória.

Perdoar não significa confiar cegamente, pelo menos até o outro mostar realmente mudança!

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A Bíblia ainda fala muito de Davi, que se tornou rei, poderoso e com a vida muito atribulada, mas amado de Deus e muito protegido: nunca perdeu uma batalha na vida!

 

Graças a Deus pelo nosso Deus, que é o mesmo de Davi e nos protege dia a dia.

 

                                         - Amém -

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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