
Balcão da Unimed. Missão: conseguir autorização para fazer uma sessão de coagulação a laser na retina de um olho. Enquanto entregava a requisição, ouvi a atendente perguntando a alguém na minha frente, que solicitava a mesma coisa:
- O senhor tem laudo?
Antes de ouvir a resposta, fui sentar ali por perto, aguardando a minha vez. Como eu próprio não tinha laudo, já me imaginei tendo de voltar na clínica, tentando falar com o médico, implorar pelo laudo, etc., etc.
Dentro de alguns minutos fui chamado e me levantei com mil argumentos na cabeça, visando convencer a atendente a me dispensar de laudo. Mal cheguei à sua frente, ela me estendeu um papel e disse com um sorriso:
- Prontinho, senhor, aqui está a sua autorização!
A alegria da notícia durou pouco, neutralizada pela percepção de como fui tolo em pensar na alta probabilidade de tudo dar errado. E mais: quantos momentos na vida simplesmente estragamos por pessimismo, maus pensamentos, derrotismo.
Para mim, a grande lição não é simplesmente para de pensar nas coisas ruins que podem acontecer e tentar se convencer (sem base) que tudo será maravilhoso. O segredo, penso eu, é admitir que pode dar errado, sim, mas sabendo que esse “errado” será o “certo”, porque foi assim que Deus quis.
- Precisa de laudo? Sem problema, vou lá na clínica e pego um - ligeirinho... ou não! Louvado seja Deus por essa exigência. Aliás, louvado seja Deus por tudo!
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