Aprendendo com Jesus

Na mensagem passada, sugeri dois alvos fundamentais enquanto tentamos alcançar a medida da estatura da plenitude de Cristo: aprender o que Jesus ensinou e imitá-Lo.

Perguntei O QUE deveríamos aprender de Jesus e ficamos de responder hoje.
Claro que será uma resposta ultra-resumida, uma vez que não menos que TUDO o que a Bíblia ensina é ensino de Cristo e deverá ser aprendido.
Mas quero tocar em 4 pontos básicos que Ele ensinou (à parte dos dois principais mandamentos: Amar a Deus com todas as forças e ao próximo como a si mesmo).
Se aprendermos essas coisas, estaremos bem preparados para aprender as outras.
 
Importante: sobre cada ponto, eu poderia ler muitos versículos de toda a Bíblia, mas quero me restringir apenas a palavras de Cristo registradas nos Evangelhos.
 
1) FOMOS ESCOLHIDOS
Jo 15. 16,19; Jo 13.18; Jo 6.44
Da próxima vez que for dizer “Eu aceitei Jesus”, lembre-se que Ele lhe aceitou antes!
Conversão parece ser coisa nossa, mas não é. É de Deus.
O plano é Deus, a iniciativa é de Deus, o poder é de Deus.
Claro que participamos dela, pela nossa fé, mas até essa fé é presente da graça de Deus!
Essa verdade deve ter sobre nós 2 consequências:
a) Gratidão. Se você tivesse escolhido Jesus Cristo para ser o seu Salvador, Ele é que seria grato a você. Mas é exatamente o contrário.
b) Decisão de agradá-Lo, servi-Lo, adorá-Lo
 
2) ESSA ESCOLHA É DEFINITIVA E IRREVERSÍVEL: Jo 10.27-29; Jo 17.24
Já imaginou a nossa angústia sem esse ensino?
A cada pecado: “Será que perdi a minha salvação?”
Por outro lado, cuidado para esta convicção não lhe deixar 1) arrogante ou 2) relaxado.
 
3) O CRENTE DEVE ESPERAR DIFICULDADE:
Mt 5.11; Mt 10.16-22, 34-36; 19.29
 
Pela lógica humana, o normal seria esperarmos o contrário: proteção total.
Se sou filho de Deus, co-herdeiro com Cristo, só sucessos me aguardam. Meus adversários e inimigos que se cuidem!”
Não é bem assim. Sucesso aos olhos de Deus não é sucesso aos olhos do mundo.
No sentido material, sucesso pode nunca chegar e em termos apenas desta vida, os inimigos podem nos causar grandes males.
A fidelidade vem com o aperfeiçoamento e este, via de regra, com sofrimento.
Não estou dizendo grande novidade, mas é que sempre estranhamos quando chega o sofrimento.
Essa ESTRANHEZA é muito nociva:
* atrapalha o desenvolvimento espiritual.
* impede-nos de ver as coisas pelo ângulo de Deus
* dificulta a percepção de que os sofrimentos nos aproximam de Deus
* nos atrapalha de transformar os sofrimentos num belo testemunho público de Cristo.
 
4) DEUS VÊ O CORAÇÃO
Se o exterior não é coerente com o interior, não tem valor diante de Deus. É até condenável: Mt 9.13; Mt 12.7
Interessante é que esse ensino não é novo. Jesus estava repetindo Os 6.6, aproveitando para desenvolver e dar ênfase ao assunto:
Mt 6.1-6: não é proibido exercer a justiça diante dos homens, mas “com o fim de ser visto”. Pratique a religião com discrição e movido por bons motivos.
Mt 5.23-24: veja a importância que Deus dá ao nosso RELACIONAMENTO com o próximo.
 
Dois versículos para os que pensam que têm alto grau de pureza: Mt 5.22,28
Somos altamente IMPUROS. Cuidado com a dormência.
 
Na pregação passada sugeri encararmos Jesus como Professor e a Bíblia como um quadro-negro.
Fizemos agora um exercício disso e assistimos uma verdadeira aula do Mestre.

Embora de maneira bem resumida, vimos 4 ensinos preciosíssimos:
1) Nossa origem como crentes: escolhidos pela graça
2) Nosso posição como crentes: irreversível
3) Nossa vida em relação às circunstâncias: esperar e saber aguardar sofrimentos
4) Nossa vida em relação a Deus e aos semelhantes: sinceridade diante de Deus e esmero nos relacionamentos.
 
Todo estudante sabe que depois de uma aula, vem a prova.
À medida que vamos aprendendo o que Cristo nos ensinou (não apenas nos Evangelhos mas em toda a Bíblia), dia a dia receberemos nossas provas.
Essa provas serão compatíveis com o que aprendemos até ali. 
É tão gostoso um 10, um 9, ou mesmo um 8. Isso significa que estamos conseguindo agradar e glorificar ao nosso Deus.
E não preciso falar da tristeza do contrário.
 
E essa nossa capacidade ou incapacidade de agradar a Deus será medida pelo que conseguirmos IMITAR Cristo.
Será o assunto da próxima mensagem.
Deus nos abençoe.
 
- Amém -