PREGAÇÃO

AMOR e OBEDIÊNCIA a Cristo andam juntos

Jo 14.15      minutos      07/12/2008         

Mauro Clark


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Se me amais, guardareis os meus mandamentos.
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Começo com uma pergunta: O quanto você ama Jesus?

Talvez você até estranhe a pergunta: “Claro que eu amo MUITO a Jesus!”

Será???

 

Com que base você diz isto?

1) Porque eu sou crente

Claro que qualquer um que passou pelo processo de salvação tem algum amor a Cristo.

Mas não necessariamente um amor profundo, do tipo que Ele mesmo qualificou.

O normal é que um discípulo de Cristo O ame com toda a sua força.

Um crente que não ama profundamente a Cristo é uma incoerência ambulante.

Mas infelizmente essas incoerências existem e podemos ser uma delas.

 

2) Porque eu vivo dizendo isso

Esse tipo de amor, que encontra expressão mais na língua, é fraco, insuficiente: 1Jo 3.18

Quando você ver alguém dizendo todo tempo que ama Jesus, desconfie!

(Isso não significa que crente nunca deve dizer que ama a Cristo).

 

3) Porque sou muito ativo nos trabalhos da igreja  

O crente pode ser ativo por muitos bons motivos: é trabalhador, gosta de fazer amizades, tem responsabilidade cristã, etc., - mas não ter o coração afinado com Deus.

Grandes problemas em igrejas às vezes são causados por irmãos muito envolvidos.

 

4) Porque eu me sinto atraído pela Pessoa de Cristo

Isso indica apenas que você reconhece que Ele é maravilhoso, mas não implica que você O ama!

 

Apesar de boas, essas características não indicam obrigatoriamente um grande amor a Cristo. Então o que é que realmente mostra que o crente ama muito a Cristo?

Jo 14.15: Se me amais, guardareis os meus mandamentos.

Resposta:  OBEDIÊNCIA.

Para Cristo, a prova máxima de amor é fazer o que Ele manda. Qualquer pai ou mãe entende isso muito bem!

Ora, quem ama deseja agradar a pessoa amada, fazer o que puder para vê-la satisfeita.

Se o que mais agrada a Cristo é ser obedecido, os que de fato O amam tem como grande e principal objetivo na vida obedecê-Lo.

 

Interessante: Cristo nunca mandou que os homens em geral o obedecessem.

Ele disse que todos estavam perdidos, exortou ao arrependimento e deixou claro que precisavam dEle para chegarem até Deus.

Mas em vez de exigir obediência, convidava todos a virem até Ele para alívio de alma.

Os que aceitassem o convite se tornariam Seus discípulos e daí em diante precisariam obedecê-Lo.

Os que não aceitassem o convite permaneceriam debaixo da ira de Deus, sem qualquer relacionamento com Ele e com Deus. E continuariam condenados.

Para esses, a idéia de obedecer a Cristo é estranha e sem sentido.

 

Mas para os discípulos de Cristo obedecer é fundamental. Estranho é não obedecer!

Afinal, Ele é o Senhor, é quem dirige, quem dá as ordens.

 

A questão é que, conforme já vimos, só obedece quem ama.

Nenhum discípulo consegue obedecer a Cristo de maneira fria, calculista, como num regime militar. O amor é que leva à obediência.

Aliás, a conexão entre AMOR E OBEDIÊNCIA é uma característica importante nos escritos de João.

 

A pergunta do início poderia ter sido assim: O quanto você é obediente a Jesus?

Essa resposta indicaria o quanto você o ama.

 

Acho que muitos dos que responderiam rapidamente “sim, eu amo muito a Jesus” agora  pensariam duas vezes antes de responder essa pergunta da obediência.

É fácil dizer que ama, mas bem mais difícil admitir honestamente que obedece.

O amor pode ser algo mais romântico ou mais intangível, mas obediência é algo tão prático e visível que não deixa dúvidas.

 

Tente responder para você mesmo: O quanto eu sou obediente a Jesus?

 

Cuidado com duas tendências de se auto-avaliar:

a) Através de RESULTADOS VISÍVEIS.

Muitos resultados podem ser alcançados por meio de comportamentos que desafinam com princípios de Cristo.

Exemplo: Mostro que sou obediente a Cristo tendo chegado até o posto de diácono na igreja.

Mas se chegou lá através de politicagem, essa prova não é válida.

 

b) Pelas ações

Ações são importantes é claro. Mas não o principal.

Ações religiosas podem irritar a Deus, em vez de agradar. Basta lembrar dos fariseus!

 

O principal é o que se passa no seu interior, no coração.

Os grandes mandamentos de Deus referem-se ao íntimo:

* Amai os vossos inimigos - Mt 5.44

Acho que somos fracos aqui. Mal conseguimos amar as pessoas que nos tratam bem.

Isso deveria nos deixar preocupados. Afinal, amar pouco as pessoas é PROVA de pouca obediência a Cristo e, portanto, pouco amor a Ele.

Quem obedece a Cristo procura AMAR mais o próximo.

 

* ... olhar para mulher com intenção impura, no coração adulterou com ela - Mt 5.28

O que adianta estar no culto pensando com impureza na mulher do lado?

Aos olhos dos outros, ali está um crente fiel, atento à pregação, cantando.

Aos olhos de Cristo, pouco amor a Ele.

Quem obedece a Cristo procura PUREZA.

 

* Bem-aventurados os misericordiosos - Mt 5.7

 Misericórdia, compaixão, vem de dentro.

Quantas vezes fizemos boa ação apenas para outros verem ou para nos sentirmos aliviados ou por outro motivo, mas sem um pingo de compaixão?

Para os outros, um belo gesto.

Para Jesus, pouco amor ao nosso semelhante e principalmente a Ele próprio.

Quem obedece a Cristo procura ser mais MISERICORDIOSO.

 

Poderíamos usar muitos outros exemplos. Mas esses são suficientes para mostrar o quanto nosso amor a Cristo é pequeno, fraco.

Precisamos nos conscientizarmos disso e decidirmos amá-Lo mais. Amor é decisão!

Sei que somos incapazes de desenvolver esse amor por nós próprios, é o Espírito Santo que nos dá. Mas é imprescindível que desejemos.

 

Duas observações finais:

 

1) O Pai e o próprio Jesus Se agradam profundamente de quem ama a Ele, Jesus. –

Jo 14.21, 23

E não somente Se agradam, mas virão a ele e farão morada, ou seja, estarão presentes na própria pessoa, transformando-a dia a dia, cobrindo-a de bênçãos.

Essa morada é  através do Espírito Santo, que é enviado pelo Pai e pelo Filho.

 

2) Apesar da Lei de Moisés ordenar ao homem amar a Deus, Cristo nunca exigiu que alguém O amasse.

Também nunca pediu para ser amado. Ele falou do Seu amor aos homens e se expôs para ser amado por eles. E motivava os homens a amá-Lo, sabendo que nada no mundo poderia haver de mais benéfico e maravilhoso.

Mas fazia isso com muita elegância e nobreza.

 

Graças a Deus que  nós crentes tivemos o privilégio de aceitar esse convite de Cristo, compreendemos o tamanho do amor que Ele teve por nós e então nos dispusemos a amá-Lo.

Um amor fraco, é verdade, misturado com pecado e egoísmo, mas um amor vivo, real, sincero.

Graças a Deus que esse amor nos leva à vontade de obedecê-Lo.

Pena que uma obediência também fraca, limitada, porque só um amor perfeito e puro levaria a uma obediência total.

Mas, em vez de desanimarmos, vamos nos dispor cada vez mais a aperfeiçoar esse amor por Cristo, sabendo que um amor mais puro nos levará automaticamente a uma fidelidade maior.

 

                                         - Amém -

Mauro Clark, 73 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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