PREGAÇÃO

Não abandone Cristo! (Série APOCALIPSE 7 de 75)

Ap 2.1-7      56 minutos      11/03/2018         

Mauro Clark


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Três maneiras de interpretar as cartas e as igrejas:

1. As cartas eram dirigidas literalmente a cada igreja citada. As lições para nós hoje (como para qualquer época da história) são aprendidas por aplicação. É a minha posição.

 

2. Cada igreja representa um tipo de igreja ao longo da história do Cristianismo, independentemente da época ou local.

 

3. Cada igreja simboliza uma época da história da Igreja de Cristo, tipo:

Éfeso: igreja apostólica; Esmirna: igreja perseguida; Pérgamo: igreja sob favor imperial; Tiatira: igreja da Idade das Trevas; Sardes: igreja da Reforma e da Renascença; Filadélfia: igreja das missões modernas (séc 19 até início séc. 20) e Laodicéia, igreja do tempo do fim (séc. 20 até a vinda de Cristo), que indica o péssimo estado da igreja em geral quando Cristo voltar.

 

Características em comum às sete cartas:

* Dirigidas ao anjo de cada igreja (líder, pastor)

* Expressão do tipo “estas coisas diz aquele” ou “o”, seguido de uma descrição do próprio Jesus, parte do que Ele dissera de Si mesmo no cap. 1.

* Começa dizendo “conheço”, seguido de “ as tuas obras” (em cinco), “a tua tribulação e pobreza” (em uma) e “o lugar em que habitas” (em outra).

* Somente aprovação (duas), somente repreensão (uma) e as duas coisas (quatro)

* Todas dizem no final: “quem tem ouvidos ouça... Espirito diz às igrejas”

* Também no final todas trazem mensagem “ao vencedor”.

 

Carta à Igreja de Éfeso

v.1

Ao anjo da igreja: claro que a carta não se refere somente ao pastor, mas à igreja toda.

Éfeso: maior cidade da Ásia, portuária. Adoravam Diana (Artemis para os gregos). (At 19)

 

Estas coisas diz... conserva na mão ... e anda no meio dos sete candeeiros de ouro

Comentamos na pregação passada: estrelas: pastores da igrejas e candeeiros, as igrejas.

 

v.2-3, 6

Conheço as tuas obras...

Sabe perfeitamente tudo o que a igreja tem feito – o que é bom e o que é ruim.

Elogia quatro coisas:

1) Labor. gr. lit.: trabalho. E também o resultado do trabalho: fatiga, dureza, problemas.

Era uma igreja que trabalhava, ativa, mesmo com as dificuldades.

 

2) Perseverança (duas vezes)... suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer

Provas: não sabemos exatamente: perseguição, hostilidade (externa e interna).

Como é bom saber que Jesus está atento à perseverança do crente e elogia.

O diabo sempre procura caminhos para nos derrubar. E se não for por perseguição explícita, será pelo contrário: rotina, crescimento lento, pequenos problemas que tendem a roubar nossas forças.  

 

3) ... que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos

A igreja era implacável com homens maus e que se passavam por seguidores de Cristo. Não é que apenas achava ruim ter pessoas assim no seu meio.

Mas punha à prova, confrontava, julgava.

Tinha um zelo fortíssimo pela pureza da igreja e por isso, era rígida na disciplina.

 

Na sociedade permissiva de hoje, qualquer resistência é considerada falta de amor.

Isso naturalmente leva as igrejas a afrouxarem na tolerância a membros que não andam pelos padrões cristãos.

Esta igreja deve sempre zelar por estar atenta à sua membresia, pronta para intervir firmemente quando um membro der sinais de rebeldia, desobediência.

 

4) ... a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio

Nicolaítas: não sabemos quem eram. Evidentemente eram hereges e foram expulsos.

 

... também odeio

Parece meio estranho Jesus falando em ter ódio. Mas Ele tem mesmo ódio do pecado.

Por que se dispôs a vir morrer numa cruz?

 

Mas nem tudo ali agradava o Senhor Jesus. E condena uma coisa que corta o coração:

 

v.4: Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor

Ele bem poderia ter dito “me abandonaste”.

Mas quis lembrar que Ele era o primeiro amor da igreja, Aquele por quem a igreja estava apaixonada, pensando sempre, querendo agradar.

É impressionante que mesmo sendo uma igreja trabalhadora e altamente zelosa, em algum ponto do percurso começou a deixar Cristo de lado!

Devia estar ficando fria, mecânica, farisaica.

Jesus estava deixando de ser o seu motivador único, o seu centro.

A igreja como um todo estava se comportando assim, mas foi começando um por um.

Crucial: quem falha no amor a Deus (Cristo), falha no amor ao próximo: 1Jo 4.7-8;20-21

Com toda certeza, a igreja de Éfeso, estava fraca no amor uns aos outros.

 

Compare a sua relação com Cristo hoje com o tempo da sua conversão: é o mesmo fervor, a mesma emoção, a mesma disposição de negar a si próprio, a mesma vontade de falar dEle aos outros, a mesma vontade de ouvir pregações?

Se não talvez você esteja abandonando ou já abandonado o seu primeiro amor.

E se for a mesma relação, bom, mas ótimo mesmo é ter aumentado!

 

Voltando: Agora a receita para a solução. Manda três coisas:

v.5

I. Lembra-te de onde caíste

Pensem, meditem, identifiquem onde começaram a agir mal.

Tenho exortado: examine a si mesmo, seu estado espiritual, a qualidade da sua fé.

E a igreja também pratique esse tipo de exame coletivo.

 

II) arrepende-te

Não adianta ter consciência do pecado sem arrependimento.

Aliás, o arrependimento é prova de que houve real consciência e lamento pelo pecado.

Que alívio saber que o arrependimento sincero resolve tudo diante de Deus!

 

III) volta à prática das primeiras obras

A volta à prática anterior é prova de que houve arrependimento sincero.

Sem vontade de um novo rumo não houve arrependimento.

A igreja tinha sido excelente, mas entrara em processo de declínio e agora estava mal.

O novo rumo que eles precisavam era simplesmente voltar a ser o que tinham sido!

 

Agora a ameaça:

... moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas

O que é isso? Provavelmente fazer que a igreja deixasse de existir (como igreja).

Terrível só em pensar! Mas infelizmente existem igrejas que não existem mais.

 

Solene chamada à responsabilidade:

v.7

Quem tem ouvidos, ouça...

Ouça: preste atenção, reaja, tome uma atitude, conserte o seu rumo.

Advertência sob medida para o crente que ouve, pensa “tenho de mudar” e nada faz.

 

... o que o Espírito diz às igrejas

... igrejas (plural). Apesar de dirigida a uma igreja específica, a carta precisava ser ouvida e, se fosse o caso, aplicada a todas as igrejas, em qualquer lugar, em qualquer época. 

 

Jesus quem fala o tempo todo na 1a.pessoa, mas no final diz que o recado é do Espirito!

É através do Espírito Santo que habita em nós que Jesus age e orienta a Sua Igreja.

 

Ao vencedor...

Ideia de luta. De fato, a vida cristã é uma luta.

Vencedor: o que provar, pela vida, ser um crente!

 

... se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus

Gn 2.9,22,24: Adão antes podia comer livremente dela – símbolo de uma vida plena, não apenas existência física, mas comunhão com Deus. Mas depois foi impedido de comer.

Agora veja Ap 22.2: na nova Jerusalém, lá estará a árvore da vida – também símbolo de vida eterna, em perfeita comunhão com Deus.

 

É maravilhoso sabermos que cada um de nós um dia comerá dessa árvore!

 

Que a IBLM tenha ouvidos para ouvir o que o Espírito Santo diz a ela, através das Escrituras e de maneira especial, através deste trecho.

Que tenhamos sensibilidade espiritual para mantermos o que temos de bom e,

com arrependimento, nos livrarmos do que o nosso Pastor não gosta.

Nunca abandonemos o amor por esse Pastor e, como consequência, pelo próximo.

Não queremos que Ele mude nosso candeeiro de onde está.

É bom sabermos que Ele passeia entre nós, cuida de nós, tem nas Suas mãos os pastores, os líderes.

E oremos para que Ele continue entre nós!

Que Deus nos abençoe. Amem

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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