ARTIGO

Fé ou desejo?

Mauro Clark

print Imprima


Quando ocorre alguma coisa que deixa a população em grande expectativa uma celebridade gravemente enferma, perspectivas de enchente ou de seca, risco de epidemia -, a mídia se esmera em entrevistar todo tipo de gente, desde altas autoridades até quem mal sabe falar. Tenho notado que, independente de onde venham, os comentários têm dois pontos em comum.

 

1) Quase todos dizem mais ou menos assim: :Tenho fé que o pior não acontecerá.

A palavra , nesse caso, está sendo usada como sinônimo de esperança. Todos desejam que o pior não aconteça. Mas isso não é fé, pelo menos da maneira como ensina a Bíblia. Veja como é a definição desta pequenina, mas tão mal compreendida palavra: Ora, a é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que não se vêem. - Hb 11.39

 

não é esperança, é certeza. Não é desejo, é convicção. E a verdadeira não nasce dentro do coração de ninguém, como se as pessoas pudessem desenvolvê-la por si próprias. A é um dom de Deus. Vem do alto, de cima para baixo.

 

A fé tem dois pontos básicos.

Em primeiro lugar, o ensino das Escrituras. Não tem sentido alguém dizer que tem fé em muitas coisas, mas não crê em várias partes da própria Bíblia! Pode parecer estranho a Bíblia dizer que o céu é o destino dos que obedecem a Cristo e que o inferno é o lugar onde ficarão para sempre todos os que não se submetem ao jugo dEle. Mas é preciso acreditar nisso, simplesmente porque está escrito, e não porque é ou deixa de ser razoável para a mente humana. Isto é ter fé.

O segundo é que a fé é uma convicção íntima dada por Deus. Contudo, mesmo sendo subjetiva, seria absurdo qualquer um se convencer de qualquer coisa e chamar isso de fé. É preciso checar se a fé que professa combina com a Bíblia.

Quem tem fé verdadeira, ao falar de coisas futuras, reveladas pela Bíblia, não se expressa em tom de mera esperança, ou como se estivesse arriscando um palpite. Fala com firmeza e segurança, sem duvidar, Do contrário, não é fé.

 

2) Outro comentário, muito comum no tipo de situação que abordei no início, é: Vamos todos orar (ou rezar) para que tudo certo.

Em momentos assim, ninguém comenta sobre o elemento básico que deve conter toda oração: a vontade de Deus!

Ninguém questiona se o não acontecimento da tal tragédia, que todos gostariam que fosse evitada, é da vontade do próprio Deus.

A vontade de Deus é simples e comodamente posta de lado, como se Ele fosse obrigado a fazer o que todos gostariam!

 

Em momentos assim, dá vontade de pedir para ser entrevistado e dizer bem alto diante das câmeras: Vamos entregar o assunto a Deus e pedir, que Ele faça o que lhe aprouver.  Somente Ele sabe o que é melhor para cada um. Vamos confiar na Sua justiça, na Sua vontade e sigamos com submissão os Seus caminhos. Não os nossos. E que Ele seja louvado em tudo o que determinar.

 

Fé e oração. Cuidado, muito cuidado com esses conceitos!

 

FalandodeCristo © 2004-2025
"... pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus."
1 Co 1.24b
close
Ministério Falando de Cristo © 2004-2025 - www.falandodecristo.com
"... pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus." 1 Co 1.24b