ARTIGO

Se Deus quiser...

Mauro Clark

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Estivemos comentando em outra meditação sobre o hábito que as pessoas têm de fazerem seus planos com total independência, desprezando o fato de que Deus é quem controla tudo. Citamos ali uma passagem da epístola de Tiago, na qual ele lembra que ninguém sabe o que acontecerá no dia seguinte. E aconselha que, ao se fazer um projeto, o correto seria dizer: "Se o Senhor quiser, não só viveremos, como faremos isto ou aquilo". (Tiago 4.15).

Talvez você tenha ficado satisfeito com esta orientação bíblica, por pensar que já a segue. "Ah, isso eu já faço. Toda vez que vou me referir a alguma coisa no futuro, eu digo ‘Se Deus quiser’..."

Se é assim, ótimo. É necessário e saudável condicionar toda a sua vida à vontade de Deus.  Mas, eu pergunto, será que essas três palavrinhas saem constantemente da sua boca como uma reverente exaltação da soberania de Deus ou como uma gasta expressão popular?

Se as palavras estão em desacordo com as suas atitudes íntimas, cuidado! Cristo foi muito duro com os escribas e fariseus, ao dizer-lhes: "Hipócritas! Bem profetizou lsaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim." (Mateus 15.7-8).

Quando você diz "Se Deus quiser", certamente está honrando a Deus com os lábios, pois implicitamente reconhece que crê num Deus todo-poderoso que domina todos os acontecimentos.  Até aí tudo bem. A Bíblia de fato recomenda: "Todo o ser que respira, louve ao Senhor".

Mas, a questão é: você realmente pensa na soberania de Deus quando profere aquela expressão? Você está mesmo depositando nas Suas mãos todas as coisas que vierem a lhe ocorrer? De antemão aceita com resignação e respeito os acontecimentos futuros, mesmo quando forem exatamente o contrário do que você planejara?

Ou será que você diz "Se Deus quiser" apenas de uma maneira mecânica, feito um papagaio? Ou talvez por mera superstição, supondo que, se falar em Deus, tudo dará certo. Pense nisso. A sua resposta indicará se você está enquadrado ou não naquela classificação de Jesus.

Meu amigo, respeite o nome de Deus. Tenha muito cuidado ao usá-lo. Deve haver uma coerência entre o que você diz e o que você pensa e sente.  Do contrário, o seu louvor a Deus cairá no vazio; aliás, pior, você se achará usando o Seu santo nome em vão.

Esse é um assunto tão importante que foi incluído nos Dez Mandamentos, dados por Deus a Israel, através de Moisés: "Não tomará o nome do Senhor teu Deus em vão porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão."" (Êxodo 20.7).

O Senhor Jesus, ao ensinar o modelo de oração, iniciou assim: "Pai nosso que está nos Céus, santificado seja o teu nome." (Mateus 6.9).

Você certamente não toleraria ver o seu nome sendo usado de uma maneira vulgar e debochada.  Então, por que faz isto com o nome do seu Criador?

Uma expressão como "graças a Deus", virou sinônimo de Ainda bem".

- Como é, tua mulher já descobriu o teu novo caso?

- Até agora, não, graças a Deus!

Graças a Deus coisa nenhuma! Desde quando Deus é o responsável pelo acobertamento de pecado ou pelo incentivo à prática do mal?

Muitas vezes quando se diz: "Ó meu Deus!", seria mais sincero falar "Droga!". Quer dizer, o nome de Deus é constantemente usado como uma maldição, em lugar de um nome chulo. Isso é blasfêmia.

Contribua para que o nome de Deus seja santificado nesta terra, como desejou o Senhor Jesus. Use o Seu nome de uma maneira respeitosa e com honra. Ele é digno disso.

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