PREGAÇÃO

Achei um tesouro!

Mt 13.44      34 minutos      22/11/2009         

Mauro Clark


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Também o Reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo c  dele, vai, vende tudo quanto tem e compra aquele campo.
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Tesouro escondido é típico de história de quadrinhos, geralmente com final emocionante.
Se está vazio, grande decepção.
Se cheio de moedas antigas e valiosas, é a recompensa máxima.
Realmente é um sonho meio idílico, quase místico, encontrar um tesouro. 

Por que qualquer estória de tesouro escondido tem tanto sucesso?
É que todos já pensamos “E se eu achasse um tesouro? (ou o equivalente moderno, tipo ganhar na loteria). Minhas dificuldades financeiras desapareceriam, poderia colocar meu negócio, teria mais liberdade de ir e vir, ajudaria mais as pessoas, etc.”

Seja como for, achar tesouro é negócio apenas para histórias de quadrinhos, certo? Errado! Se você é crente, você JÁ ENCONTROU um tesouro.
E não um tesourinho fajuto de alguns milhões de reais, que além de não resolver muitos dos nossos problemas, não nos assegura uma felicidade duradoura, eterna.
A fortuna pode até nos trazer alguns prazeres aqui. Mas vem a morte e nos separa de cada centavo! 

Na parábola, o tesouro é a vida eterna e o campo onde estava é a salvação em Cristo.
E esse tesouro é duplamente vantajoso:
1) Também dá alegria já nessa vida, só que uma alegria muito mais profunda, pura, espiritual, independente das circunstâncias.
2) Quando a morte chegar e o tesouro terreno ficar, aí é que o tesouro celestial irá revelar o seu valor. Aí é que vamos colher o fruto da sua riqueza.
Uma riqueza espiritual, de outro nível, tão magnífica que nem imaginamos o quanto. Um tesouro de dar inveja ao mais ambicioso dos piratas!
É simplesmente o máximo que um ser humano pode desejar.

Importante: o homem da parábola não comprou o tesouro, mas o campo! Só apropriou-se do tesouro após a posse do terreno.
E como conseguiu o dinheiro para comprar o terreno? Vendendo tudo o que tinha. Mas... que alegria vender os bens nessas circunstâncias. Era trocar o pouco pelo muito.

Os que tem o tesouro da vida eterna, embora não tendo vendido fisicamente nada, fizeram muito mais: pela fé em Cristo, passaram a considerar desprezíveis todos os seus interesses no mundo, prazeres, amizades, dinheiro, fama, tudo.
E estão dispostos a realmente abandoná-los por Cristo, se for preciso.
Com essa atitude interna, não é que compraram, mas GANHARAM a sua salvação.
E com a salvação, descobriram o tesouro da vida eterna.

Detalhe: a vida eterna no céu está garantida ao salvo, mas embora não saibamos exatamente como, a QUALIDADE do usufruto dessa vida eterna poderá variar.
Ou seja, o nosso tesouro celestial deve ser alvo de constantes investimentos!
E a forma de fazer esses investimentos foi claramente ensinada por Jesus: Mt 6.19-21.
A lição é clara: o acúmulo de tesouro rouba o coração - as energias, atenção, tempo, um grande pedaço da vida.
E gastar tudo isso para juntar tesouros instáveis num mundo instável, é desperdício. A concentração total do crente deve ser para juntar tesouro no céu.

O homem da parábola deixou para trás o antigo modo de vida e passou a viver em função de administrar a nova fortuna.
O crente deve deixar para trás aquele alvo de ganhar dinheiro, de “chegar lá” (sem nem saber que “lá” é esse!) para, coerentemente com a sua nova natureza, aumentar seu tesouro no céu. É uma nova maneira de pensar e agir.

Infelizmente, é comum que o novo convertido de fato inicie esse processo, mas depois, com as provações e dificuldades da vida, se enfraquece, se impacienta e quer que seu tesouro no céu dê lucros logo, aqui mesmo na terra, lucro visível, palpável com cédula.
Como não acontece, lembra-se dos seus bens antigos, ou seja, sua velha maneira de viver. E termina se dividindo, um olho no tesouro do céu e outro no da terra.
Fica uma vida meio estranha, vibrando com as coisas do céu de maneira muito MENOR do que deveria e vibrando com as coisas da terra de modo muito MAIOR do que deveria.
E se deixando influenciar pela natureza imediatista, os tesouros deste mundo terminam levando a maior parte do seu coração.
O problema é que o típico de quem guarda tesouro no céu é servir ao Senhor, enquanto que o típico de quem guarda tesouro na terra é servir a Mâmon, o deus da riqueza.
E Jesus disse que ninguém consegue servir a dois senhores ao mesmo tempo: Mt 6.24

Irmão, é questão de crer ou não crer no que Jesus disse: se você é muito dedicado às coisas daqui, então NÃO está tendo em Cristo o Senhor que deveria ter.
Não adianta pensar: “Ah, mas isso não acontece comigo”. Pode acontecer, sim! E se é o caso, que pena.

Resolva de uma vez por todas levantar a bandeira de Cristo. Se Ele é o seu Senhor, prestigie o seu Senhor. Torne-O o mais honrado dos senhores!
Glorifique-O aqui entre os homens. Agrade-O. Sirva-O.

E Ele aumentará o seu tesouro: Pv 8.18-21
(Na passagem, a Sabedoria é personalizada como um Ser divino: deve ser Cristo).
Na parábola, Jesus falou de tesouro eterno no céu. Esta passagem também fala de tesouro eterno (“durável”, “mais duradouro e valioso que ouro”), só que dentro do crente, que ele começa a acumular aqui e leva para o céu, quando for.
Tudo faz parte do mesmo tesouro de duração e valores eternos.

É Cristo quem movimenta a sua conta corrente celestial!
Não uma conta em Reais ou ações ou ouro, mas em valores eternos.
E essa passagem não dá a idéia de um tesouro espiritual estagnado, mas sujeito a constantes aumentos pelo nosso Deus.

Dizem que riqueza atrai riqueza. Pois viva de maneira tal que o seu tesouro no céu traga ainda mais riqueza.
Não permita que esse tesouro fique num cantinho do céu, encostado, sem aumentar.
Dê ao Pai celeste o prazer de estar sempre investindo mais na sua conta.

Termino lembrando uma coisa:
Para o homem achar aquele tesouro, alguém esteve lá antes, deu duro para juntar as moedas, procurou um terreno adequando para enterrar, suou para cavar.
Em suma, trabalhou muito para que aquele tesouro estivesse ali.

Quando somos salvos e encontramos o tesouro da vida eterna, significa que alguém “trabalhou”, alguém deu muito de si para isso.
De fato, Alguém deu não muito, mas TUDO de Si: Jesus Cristo morreu para que pudéssemos possuir a vida eterna.
Através da própria morte, Ele valorizou a SUA vida eterna!
Ao não dar o devido valor a ela, desprezando o tesouro que tem lá, você estará fazendo pouco do próprio sacrifício dEle!
E é isso o que você quer, irmão em Cristo? Claro que não. Concentre-se mais nos valores eternos.

Você, amigo, corra, “venda” tudo o que tem (ou seja, deixe lado os seus valores terrenos), e “compre” o terreno onde está sua a sua salvação.
Esse “comprar” é sem preço, recebendo gratuitamente a salvação que Deus lhe dá, pela fé em Cristo.
E mude de vida, mude padrão, mude de valores. Seja um milionário no céu!

Que Deus nos abençoe.

Amém

Mauro Clark, 73 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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