13 Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.
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Esta é a segunda pregação sobre o assunto da segurança do salvo.
Na primeira, comentamos que João se referia à sua carta (1Jo).
E dissemos que se alguém ler a epístola e não se sentir seguro quanto à vida eterna, é porque não a entendeu.
Perguntamos que base João nos deu para sabermos que temos vida eterna.
Dos quatro pontos, vimos o primeiro na pregação passada: Somos filhos de Deus.
Hoje veremos mais três.
2) Deus nos deu o Seu Espírito: 1Jo 4.13
E Jesus deixou claro que o Espírito nos é dado de maneira permanente: Jo 14.17
Um dos trabalhos do Espírito Santo em nós é precisamente gerar convicção de somos filhos de Deus: Rm 8.16.
Se você está convencido de que é filho de Deus, foi o Espírito Santo que o convenceu.
Ao receber o Espírito Santo, o crente é batizado no corpo de Cristo: 1Co 12.13
E também é unido com Cristo na Sua morte e ressurreição: Cl 2.12
Ora, aqui tratam-se de coisas feitas de uma vez por todas.
* Como podemos ser hoje membro do corpo de Cristo e amanhã não sermos mais?
* Como podemos ter morrido e ressuscitado com Cristo, para amanhã morrermos espiritualmente de novo? Ou será que Ele também pode morrer novamente?
Deixemos por enquanto o apóstolo João, e vejamos mais dois princípios de que podemos “saber que temos a vida eterna”, ensinados pelo próprio Jesus e por Paulo. Depois voltaremos a 1Jo.
Mais duas bases para essa certeza:
3) O poder de Cristo
Ele mesmo fala desse poder: Jo 10.26-28
Uma afirmação com essa clareza só pode ter uma interpretação possível: quem se tornou ovelha de Cristo, passou a ser dEle de maneira irreversível. E, sendo dEle, passou a ser super-protegida pelo poder dEle.Impressiona a autoridade desafiadora com que Ele diz que ninguém arrebatará suas ovelhas das suas mãos.
É como se encarasse o próprio diabo, dizendo: “Venha tentar arrancar uma só que seja!”
Na realidade, o que ocorre é o contrário: é Deus quem arranca pessoas do reino do diabo: Mt 16.18 e Cl 1.13-14
Paulo fala desse poder: 2Tm 1.12:
eu sei: estou convicto.
... bem certo: não apenas esperançoso, mas com certeza, persuadido.
depósito: Não é claro. Alguns acham é galardão, outros que é a própria vida eterna.
até aquele dia: o dia do julgamento de Cristo.
Seja como, o que ele tinha seria guardado pelo poder de Cristo!
É fácil perceber que Paulo sabia que ia para o céu: 2Tm 4.18; Fp 1.21
4) O amor de Deus: Rm 8.31-39
v.39: criatura: Satanás incluído. E você também! Nem que você queira, pode afastar a si mesmo do amor de Deus.
Até aqui vimos doutrina. Como esses ensinos funcionam na prática?
Há alguma maneira de você avaliar se é salvo ou não?
Sim. Vejamos dois testes práticos, voltando a João no seu livro 1Jo:
I) A maneira como pratica e reage ao pecado: 1Jo 3.8-9
Contraste entre dois grupos: 1) os que procedem do diabo e 2) os que nasceram de Deus.
O assunto aqui é pecar de maneira corriqueira, como um modo natural de vida.
Claro que o crente ainda peca. Infelizmente, muito. E de maneira variada. E repetida.
Mas ele SOFRE quando peca. Odeia o pecado, odeia a si mesmo quando peca.
Inclusive o próprio João reconhece isso e mostra como reagir: confessando: 1Jo 1.9
Como pode alguém ser hoje nascido de Deus e amanhã proceder do diabo?
II) Amor dentro no coração: 1Jo 3.14
Amor cristão não é simpatia, riso fácil, largueza comprometida com o erro.
É querer e, dentro do possível, fazer o bem à luz dos padrões de Deus.
Se, mesmo de maneira imperfeita, alguém ama dentro dessa definição, veja a ousadia da afirmação de João:
sabemos que já passamos da morte para a vida: não é “achamos”, ou “temos a impressão”, mas SABEMOS, TEMOS CERTEZA.
De que? De uma experiência passada. Que experiência? Passar da morte para a vida.
Irmãos, isso é muito forte, muito claro. Tem amor no coração, conforme a Bíblia define amor? Então você deve SABER que é salvo.
Antes de terminar, vejamos dois riscos da falsa doutrina da insegurança da salvação:
1) Para o não crente:
Deixar de procurar a salvação, por achar que ser crente é uma emoção, uma prática religiosa, uma vontade forte.
2) Para o crente:
* Intranqüilidade, medo de perder aquilo de que tanto gosta.
Já vi crentes fiéis angustiados com isso.
Pergunta que ajuda: Quem está mais seguro: o tranqüilo pendurado numa cordinha velha e podre ou o duvidoso pendurado numa corrente de aço?
Nunca esqueça: o que garante a sua salvação não é a sua convicção, mas a garantia de Deus! Agora, como Deus de fato garante, então você pode ficar convicto à vontade!
* Idéia errada de “salvação pela fé, mas perseverança pelas obras”.
Começa a praticar boas obras não pelo prazer de servir a Deus e ao próximo, mas para
garantir sua salvação, tipo “pelo sim, pelo não”.
* Distorce o motivo pelo qual busca comunhão com Deus: busca-O para se agarrar à salvação, em vez de buscá-Lo por puro prazer de conhecê-Lo melhor.
Que Deus nos abençoe.
Amém