PREGAÇÃO

Jesus impõe condições para serviço (Série AGINDO COMO JESUS 29 de 38)

Jo 21.15-17      22 minutos      01/03/2020         

Mauro Clark


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Na série AGINDO COMO JESUS, a ênfase de cada mensagem não é nos ensinos e doutrinas, mas na atitude e no comportamento dEle, visando imitá-Lo.

A história é bem conhecida. Na noite em que foi preso, Jesus advertiu aos apóstolos que eles O abandonariam.

Pedro não aceitou, dizendo que mesmo se todos abandonassem Jesus, ele não o faria. Jesus rebate, dizendo que Pedro O negaria 3 vezes.

Jesus é preso, e durante o julgamento, de fato Pedro O nega, como previsto.

 

Agora, depois da ressurreição, Jesus estava com 7 apóstolos em roda, na praia, depois de uma pescaria milagrosa e de comerem pão e peixe.

Jesus pergunta a Pedro se ele o amava. Pedro responde que sim.

Jesus recomenda que Pedro apascente os cordeiros dEle, Jesus.

Jesus repete a pergunta. Pedro repete a resposta. Jesus repete a recomendação.

Jesus faz a mesma pergunta pela 3ª. vez. Pedro se entristece e diz “sim” pela 3ª. vez.

Jesus recomenda pela 3ª. vez que Pedro apascente as ovelhas dEle.

 

Poderíamos observar muitos detalhes interessantes aqui e tirar várias lições. (Preguei aqui sobre este trecho em 2015).

Mas hoje quero focalizar apenas UM ponto.

O ponto não é que Jesus, mesmo depois de traído, perdoou Pedro.

O ponto não é que Jesus deu uma nova chance a Pedro, restaurando-o à posição de pastor das ovelhas de Cristo, e mesmo à antiga posição de liderança entre os apóstolos.

 

O ponto é que Jesus tinha uma condição para Pedro voltar a trabalhar para Ele.

A condição era que Pedro confessasse repetidamente, abertamente, publicamente, que amava Jesus.

Isso tinha que ficar claro. Jesus simplesmente não iria querer Pedro trabalhando para Ele se Pedro não O amasse.

 

Que lição interessantíssima temos aqui!

Dentro do contexto da obra de Deus – que é muito variada -, pode ser que você venha a se decepcionar com algum irmão (ou irmãos) com quem trabalha, ou ter alguma tristeza, se sentir marginalizado ou mesmo traído.

O que fazer numa situação desta?

Obviamente, antes de tudo, se dispor a perdoar. Mas, como falei, não é nosso foco aqui.

 

Mas e quanto à questão do trabalho em si? Continua trabalhando com aquele irmão, independente se você é líder dele ou liderado?

Essa questão de entrosamento no trabalho de Deus é muito importante.

Irmãos com preciosos dons muitas vezes rendem pouco na igreja pela dificuldade de trabalhar com outros.

Qualquer aborrecimento causado por alguém é motivo para desânimo, desgosto e logo quer deixar de trabalhar com a tal pessoa.

 

E então, como agir? Antes de decidir se vai continuar trabalhando com o irmão que ofendeu, mesmo tendo-o perdoado, tenha uma conversa séria com ele e pergunte se ele ama a Cristo.

Pode parecer um procedimento esquisito, mas não é.

Jesus teve uma conversa seriíssima com Pedro, antes de voltar a trabalhar com ele.

 

Leve o irmão a declarar o amor dele por Cristo e pela igreja de Cristo.

Deixe que ele diga, talvez um pouco chateado, como Pedro: Claro que eu amo a Cristo.

Deixe que ele se comprometa.

 

Então você diz:  “Pois isso é tudo o que eu queria ouvir para decidir se vou continuar trabalhando com você. Se você ama a Cristo, ama esta igreja, que é dEle. Estamos trabalhando com o mesmo propósito, por amor ao mesmo Salvador. Vamos em frente”!

Lembre-se que tudo o que Cristo quis ouvir de Pedro antes de restaurá-lo no trabalho, foi que Pedro O amava!

Pois faça a mesma coisa com quem lhe chateia, ofende ou lhe decepciona no trabalho.

 

Agora, se você tiver motivos para desconfiar que, mesmo dizendo que ama Cristo, esse irmão não ama a Cristo o suficiente, que é um crente relapso, relaxado, que não valoriza a igreja de Cristo, então você está certo em não querer trabalhar com ele.

Talvez você possa querer trabalhar na vida dele, para ajudá-lo, mas não com ele - o que é bem diferente!

 

Encerrando: claro que o assunto não é tão simples a ponto de afirmarmos que qualquer crente terá de trabalhar com todo e qualquer irmão, desde que ele diga que ama a Cristo.

Haverá circunstância em que o mais prudente e sábio é trabalharem em áreas diferentes.

Mas seguramente muitos relacionamentos de trabalho teriam sido mantidos se, antes do rompimento, tivesse havido uma conversa parecida com a que Cristo teve com Pedro - guardadas as proporções.

 

Imite Cristo nisso e coloque essa lição em prática. O leque das pessoas com as quais você concordará em trabalhar poderá aumentar muito - para a glória de Cristo!

 

Que Ele nos abençoe! Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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