PREGAÇÃO

O Milênio 3ª parte (Séries APOCALIPSE 61 de 75 e MILÊNIO 3 de 8)

Ap 20.6      64 minutos      11/08/2019         

Mauro Clark


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Na pregação passada falei que responderia 4 perguntas sobre o Milênio.

 

1. QUAL A FORMA DE GOVERNO DA NAÇÃO QUE DEUS PROMETEU A ABRAÃO?

A 1ª. pergunta está respondida: a forma desse governo seria um reino, culminando e se concentrando em um Rei poderoso e eterno.

 

Hoje:

2. QUEM SERÁ ESSE REI EM ISRAEL?

Jesus chegou e foi fartamente identificado, por outros e por Ele próprio, como o Rei (e Messias) de Israel, que haveria de vir a este mundo.

Só que Ele veio, morreu, ressuscitou, voltou para o céu e... nada de reinar em Israel, nada de sentar-se no trono de Davi!

 

Como ficam as promessas a Abraão?

Simples: de alguma maneira Cristo voltará e aí, sim, reinará plenamente em Israel.

E é assim que pensam os chamados pré-milenistas (como nós).

Mas muitos discordam. Afirmam que Cristo de fato voltará, mas para imediatamente inaugurar o estado eterno, com novo céu e nova terra. As promessas feitas a Israel foram transferidas para a Igreja e o reino em Israel foi cancelado. As passagens que falam de um reino futuro de Cristo na terra devem ser interpretadas espiritualmente, como sendo o reino dEle no coração de cada crente. Um outro aspecto quanto ao reino dEle no tempo presente, ou seja, antes do novo céu e nova terra, é que está sendo exercido hoje no céu.

Agora, que Cristo reina no coração de cada crente, é óbvio! Que Cristo reina hoje no céu, também é óbvio.

Mas, conforme já comentei, são aspectos que não interferem nas promessas de um reino literal de Cristo em Israel, abrangendo o mundo.

 

Vejamos várias passagens, não apenas identificando Cristo como o Rei prometido a Davi, mas mostrando que esse reino ainda está pendente de cumprimento quanto a Israel.

* Lc 1.31-33: o trono de Davi é na terra. A casa de Jacó está na terra.

 

* Lc 1. 67-75: Deus de Israel... seu povo: os crentes no céu? Não. Os judeus na terra.

Nossos inimigos: de quem, de todos os crentes? Não, dos judeus.

Inimigos que estão aonde? No céu? Não. Não há inimigos de crentes no céu. Mas inimigos dos judeus na terra.

Lembrar-se do pacto e juramento feito a quem? A Abraão.

Mas, Abraão na qualidade de pai de todos os que tem fé? Não, na qualidade daquele de quem nasceu o povo de Israel, que teria muitos inimigos e seria livrado pelo descendente de Davi.

 

* Mt 2.2: se Ele era o rei dos judeus, quando foi, exatamente, que reinou para os judeus, na terra dos judeus?

Se não o fez no passado, terá de ser no futuro.

E se não foi no passado e nem será no futuro, não será nunca!

Nesse caso, Cristo simplesmente não pode ser chamado “o rei dos judeus”! Absurdo!

 

* Jo 1.43-49: O israelita Natanael não podia estar pensando em outro Israel a não ser a nação dele.

 

* Mt 13.41: ajuntarão do seu reino... Seu reino, onde? No céu? Não, no céu não há escândalos e iniquidade. É na terra.

Agora veja o contraste: Mt 13.43: ... no reino de seu Pai. Onde, no céu? Sim.

 

* Mt 21.1-9: Jesus era precisamente o rei, descendente de Davi predito por Zacarias 400 anos antes (Zc 9.9).

Mc 11.9-10 (passagem paralela): o reino de Jesus é identificado como sendo o próprio reino de Davi. Ora, o reino de Davi foi aonde, nos corações dos homens, ou literalmente em Israel? Foi no céu ou foi em Israel?

 

Diálogo com Pilatos, durante o julgamento.

De maneira objetiva, Marcos, Mateus e Lucas registram de modo idêntico:

* Mc 15.2 e Mt 27.11 e Lc 23.3: Pilatos pergunta e Jesus confirma claramente que sim, é o rei dos judeus.

* Jo 18.33-37: João é o único que registra mais detalhes do diálogo. A confirmação de que é rei dos judeus, paralela aos dos outros evangelistas, vem apenas no v. 37.

Mas antes, quando Pilatos perguntou se Ele era rei dos judeus, Jesus não quis responder. Inclusive insinuou que Pilatos estava perguntando de modo artificial, “por encomenda de outros”, não porque via alguma ameaça real de Jesus ao império romano.

Então Jesus não se digna explicar as promessas a Abraão e a Davi, a sua 1ª. vinda como Servo e depois a 2ª. vinda para reinar em Israel - toda a complexidade do plano de Deus com Israel, etc.

E simplesmente diz que o seu reino não tinha nada a ver com um típico reino daqui do mundo (político, interesseiro, militarizado, mundano, pecador).

Se fosse, os seguidores dele partiriam para a briga, como é comum entre tomadas de governo. Mas não era o caso. aquele não era o tempo ainda (mas agora o meu reino não é daqui).

Ele não representava nenhuma ameaça a Pilatos nem a Roma.

Pilatos, certamente confuso e não querendo deixar em aberta esse questão de Jesus ser rei, não perde a oportunidade para insistir: Logo, tu és rei?

É quando Jesus responde do modo como disseram os três evangelistas: Tu dizes que eu sou rei.

Impressionante: Jesus deixa claríssimo para Pilatos que era, sim, o rei dos judeus.

Certo que era um reino de natureza, princípios, objetivos diferentes dos reinos da terra. Certo que não era para aquela época, que não iria desafiar Roma, mas, era indubitavelmente o rei dos judeus!

 

Poucas horas depois, Jesus estava morto!

Como isso deve ter ficado na cabeça de Pilatos? Não precisamos especular:

Jo 19.19-22

Pilatos entendeu perfeitamente que Jesus se disse rei dos judeus!

E mais, ao se recusar a corrigir a placa, parece até que Pilatos, no fundo do coração, creu que Jesus não apenas disse, mas era de fato rei dos judeus!

Tudo muito bonito, mas, e como ficaria o reino dEle entre os judeus?

Se Jesus tinha palavra, um dia no futuro Ele cumpriria o seu papel de Rei os judeus!

 

Continuaremos na próxima semana.

 

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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